Confraria dos Peixes

domingo, dezembro 14, 2008

Notas Rápidas

Saudações aos improváveis e talvez até inexistentes interessados pelo blog! 

Depois de tantos assuntos importantes tratados aqui, sinto algum receio em postar uma bobagem qualquer, mas é um sentimento com o qual consigo sobreviver.

Mudei de cidade recentemente, praticamente para fora do Brasil, ou talvez mais dentro do Brasil do que nunca, mas esta é outra história. 

O fato acima é relevante porque devido à mudança comprei um novo telefone celular (aparelho pré-pago custou R$35,00 (acho até que foi um bom negócio)).

O fato acima é relevante porque encontrei neste aparelho celular dentro do Menu das mensagens uma pasta chamada Notas Rápidas, que contêm pequenas mensagens supostamente muito usadas e que estariam ali para poupar alguns segundos quando o portador do telefone necessitasse enviar uma dessas pequenas mensagens rapidamente. Vou listá-las abaixo:

1. Chegarei atrasado!
2. Te ligo mais tarde.
3. Urgente! Me ligue!
4. Espero você às ---hs
5. Te encontro em ...
6. Estou feliz por --
7. Te espero estação/ônibus
8. Não se preoc, seja feliz!
9. Tenha um bom dia!
10. Te amo para sempre. 

Algumas das Notas são até úteis, mas definitivamente o grande destaque é a Nota Rápida de número 8. 

Quando o dono do celular quer consolar alguém que está sofrendo, obviamente alguém que ele realmente se importa, é simples: Menu > Mensagens > Notas Rápidas > 8.  Não se preoc, seja feliz! > Enviar > Destinatário > OK.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Profecia política

Hoje, enquanto cumpria o dever cristão da leitura da Bíblia, deparei-me com uma descoberta tão surpreendente que não pude deixar de escrever a respeito num espaço tão sério quanto o que me é concedido neste blog. Aliás, uma não, duas. A primeira grande descoberta põe abaixo a divisão milenarmente adotada dos livros do Antigo Testamento, que os classifica nos seguintes grupos: Pentateuco (os livros de Moisés), livros históricos, livros poéticos (e sapienciais), e, finalmente, livros proféticos. O Livro do Eclesiastes, cuja autoria é atribuída ao rei Salomão, que viveu no século X a.C., é, na minha opinião, uma das mais belas e enigmáticas porções de toda a Bíblia. E, por suas reflexões sobre diversos assuntos, e sobretudo sobre a futilidade da vida humana neste mundo, é incluído na terceira categoria. Pois eu demonstrarei cabalmente que deveria pertencer à quarta. Sim, pois o caráter profético de uma de suas passagens é tão evidente que não sei como ninguém percebeu isso antes. Não dirijo arrogantemente essa censura a todos os exegetas desse livro que passaram pelo mundo nos últimos três mil anos, já que eu mesmo sou culpado de não ter enxergado essa verdade tão óbvia nas minhas cinco primeiras leituras do Eclesiastes. O fato é que o autor dá um claro sinal de que tinha conhecimento de fatos que só vieram a ocorrer após a Revolução Francesa.

A segunda grande descoberta é que Salomão não apenas conhecia esses fatos, mas fez questão de, usando sua proverbial sabedoria, orientar a humanidade sobre o posicionamento a tomar diante dela. Descubro, para meu alívio, que, mesmo sem levar em conta tão sublime conselho, acabei fazendo a opção correta, de modo que estou livre, pelo menos quanto a esse assunto, de sofrer os tormentos do inferno por heresia. Espero que meus eventuais leitores assumam também a posição certa, antes que seja tarde demais.

Mas do que estou falando, afinal de contas? Não é necessário que eu explique. O texto é por si mesmo tão claro que dispensa qualquer esclarecimento adicional. Transcrevo, portanto, o pronunciamento do primeiro direitista da história. Se ele era conservador, liberal ou fascista, eu sinceramente não sei. Mas informarei os leitores se descobrir a resposta em meio aos meus agora revitalizados estudos exegéticos.

"O coração do sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda." (Eclesiastes 10.2)

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Circular no Onze

Olá!

Para as pessoas que lêem esse blog e não me conhecem, não sabem que fui para a cidade de São Paulo, a cidade cinzenta, para participar da Escola de Verão Jorge André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não-Linear. Devo dizer também que não gosto de cidades grandes, ainda mais a maior do país e uma das maiores do mundo. Acordar "cedo", pegar ônibus, assistir seis horas de palestras por dia, todos os dias durante duas semanas é simplesmente um saco! Além disso, sempre que tomo os rumos da capital do estado acontecem algumas coisas esquisitas. Ônibus com teto furado durante a chuva, ônibus que quebra, trote telefônico de sequestro, brigas de motoqueiros e por ai vai...

Poderia contar todos os motivos que me faz não gostar de cidades grandes e que passar duas semanas em São Paulo a título de trabalho definitivamente me irritam. As únicas coisas que acho que valeram a pena foi encontrar com dois grandes amigos (Atenágoras e Ludmila) e ter ficado na casa de outro amigo meu (Goiaba). Na verdade era a casa da avó dele e fui muito bem tratado. Dona Ing, sei que você dificilmente vai ver isso mas muito obrigado por tudo! Entretanto, falar sobre o desgosto pela metrópole não é o tema desse post e sim um duelo que travaei durante a escola de verão!

A reflexão começou no banheiro masculino (fato constrangedor!) enquanto escovava meus dentes! O banheiro do auditório Abrahão de Moraes do IFUSP possui duas pias e estavam ambas ocupadas por dente-escovantes na terça-feira do dia 19 de fevereiro de 2008. Um desses indivíduos, porventura, era eu!
O processo de escovação se desenvolvia a sua monótona maneira para ambos até que pensei que aquilo que ali acontecia era uma disputa. Pensei:
"Isso deve ser uma disputa! Uma disputa de forma quase inglesa de disputar as coisas, mas uma disputa!"
Foi então ali travada a maior batalha de banheiro por pessoas que escovavam os dentes da escola de verão!

Começamos a escovação praticamente ao mesmo tempo e, enquanto ele não desse sinal de fraqueza eu não podia desistir. Acredito piamente que esse era um pensamento recíproco em nossa guerra não declarada que ali acontecia. Como cavaleiros bretões, os combatentes se olhavam de maneira fria e com certa carga de despreso!

O duelo começou a ficar muito empolgante e deveras fervoroso quando as técnicas de escovação começaram a se alterar e mergulhamos mais agressivamente dessa forma no embate que por ali acontecia! Meu oponente mudou sua técnica de esfregada clássica para o sobe-desce ligeiro! Respondi imediatamente com o vai-e-vem angulado! Apesar das duas técnicas serem muito fortes, a por mim utilizada era vizivelmente mais agressiva. Dessa forma, meu antagonista não podia deixar barato: voltou para a esfregada clássica como transição para o petardo superior. Essa forte maneira de se escovar os dentes é muito firme e extremamente desmoralizante para o oponente com o agora simples vai-e-vem angulado. Me vi sem saidas! Resolvi então que deveria utilizarme de uma forma secreta, a dolorosa cerdas sangrentas. É meio suicida mas extremamente funcional em horas de desespero. E era como eu estava perdendo aquele desafio: desesperado! Ao notar minha sede de sede de sangue e notar que esse ecorria a cada cuspida de espuma vermelha e branca na pia, uma lágrima escorreu pela face dele! Percebendo aquilo, mudei para a tática que finalizaria o combate: O Circular Ritmado! Percebi que dessa forma, aquele pobre rapaz não teria chance de se reerguer! Ele ainda deu algum sinal de recuperação mas quando viu a circular no dente onze superior ele jogou a toalha, ou melhor, cuspiu e secou a boca com a toalha! A vitória era minha!
Lavei minha boca e saimos do banheiro como se nada tivesse acontecido mas com uma lição que aprendi aquele dia: como é bom o cicular no onze superior!

Até!

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Violando Regras

Atenção confrades. Venho por meio desse post quebrar uma das regras "estabelecidas" por nós durante a criação desse empoeirado blog, pois, como o último texto foi meu, eu, teoricamente, não poderia postar seguidamente. Entretanto, como ninguém se manifesta aqui a muitos meses vou colocar essa tirinha só pra tirar o pó!
Como todos nós estamos envolvidos com Física, essa é uma tirinha que acredito que todos irão gostar!






sexta-feira, agosto 03, 2007

Acontecimento Chato

Olá caros leitores (ou talvez pelo menos um leitor) desse humilde blog!

A história que lhes conto hoje tem testemunhas então, apesar de minha alcunha de mentiroso, temos confrades, ou melhor, um confrade e um amigo de nós quatro, que podem confirmar esse fato assombroso que ocorreu nos ultimos dias que estive em São Carlos antes da minha viagem a Vitória, local que me encontro e escrevo esse estúpido texto!

Tudo começou em uma bela tarde. Talvez nem tão bela assim mas de fato era uma tarde, apesar das discordâncias. E nessa tarde fomos o André (confrade), o Camper (amigo dos confrades) e Eu (Eu). Estavamos os três na mesa comendo nosso pastel e tomando nosso caldo de cana ou garapa e conversando sobre nossos costumeiros assuntos aleatórios. Uma coisa deve ser ressaltada: a nossas garapa acabou antes de chegar o pastel que viriamos a comer.

Então, depois de terminada a refeição continuamos sentados na mesinha quando o Camper fala uma frase fora de contexto:
- Não! Evita jogar fora!
E nisso, todos olhamos para a mesa que ele observava. Havia la meio copo de garapa e um garotinho tirando as coisas da mesa aparentemente para jogar fora. Dai ele deixou meio copo de garapa em cima da mesa e saiu.

Nisso, surgiu a idéia de pegar o meio copo de garapa que estava sobre a mesa mas que não tinhamos coragem de ir lá pegar. Então eu levanto, levo meu copo vazio, pego o copo pela metade e volto pra nossa mesa. Logo depois chega o garotinho e fez uma cara de que não entendeu como o copo dele tava vazio e eu fiquei com muita vergonha pois achei que ele tinha deixado la ou ia jogar fora. Sei lá!
Dessa forma acabei roubando um garotinho!

Até

segunda-feira, julho 23, 2007

Onisciência

Estava relendo o post desde blog sobre a onisciência do andré e do metralha. Aí eu pensei sobre o seguinte.
Suponha que temos uma pessoa que sabe TUDO, menos se ela é onisciente ou não. Obviamente ela não o é, pois falta apenas uma coisa para saber. Mas esta pessoa nunca poderá se tornar onisciente, pois a resposta para essa pergunta é de que ela NÃO é onisciente, mas ao saber a resposta dessa pergunta, ela passará a saber tudo e automaticamente anulará a resposta de que ela não é onisciente, portanto ela não saberá de tudo novamente, já que "não" passará a ser a resposta errada, e portanto não será onisciente.

Pensei por algum tempo e acho que só há duas maneiras para sair desse dilema e tornar a pessoa onisciente:
  1. O Marreco falar que ela é onisciente.
  2. O Benettão violento desejar que ela seja.

terça-feira, junho 12, 2007

Provas e segurança

Outro dia, enquanto eu estava no vestiário das piscinas da federal, depois de ir caminhar na pista da saúde, pensei sobre algo:

Popularmente falando, é dito que uma moça se vesta para ir a qualquer lugar não para se mostrar bonita para os moços mas sim pras outras moças. Sabe, quando se usa vestidos longos e salto-altos, passando maquiagem, as moças acabam ficando muito bonitas, no duro. Enquanto os carinhas vão as festas ou para alguns outros lugares arrumados e até passam perfume para impressionar as garotas, elas se arrumam toda para encantar as outras garotas, algo como uma competição.

Então, você leitor desse humilde blog deve estar pensando quão reducionista e talvez até um pouco machista pareça esse desafortunado confrade. Mas continuemos o raciocínio...

Dai parei pra pensar para que os homens se arrumam e se mostram homens mesmo. Impressionar garotas? Talvez. Provável!
Mas enquanto refletia sobre isso, minha cabeça me levou a seguinte pergunta:
Qual o lugar que os homens mais tentam parecer homens de verdade?
E a resposta logo me veio e era, nada mais nada menos, do que o lugar que eu me encontrava: o vestiário/banheiro masculino.
Lá, toma-se banho de uma certa forma estranha, algo do tipo: Não vou olhar para o lado! Não vou olhar para o lado! Eu confio no meu taco e não vou olhar para o lado!
E existe então uma aparente preocupação em não mostrar que, mesmo não olhando uns para os outros, realmente não se está olhando!

Que coisa!