Circular no Onze
Olá!
Para as pessoas que lêem esse blog e não me conhecem, não sabem que fui para a cidade de São Paulo, a cidade cinzenta, para participar da Escola de Verão Jorge André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não-Linear. Devo dizer também que não gosto de cidades grandes, ainda mais a maior do país e uma das maiores do mundo. Acordar "cedo", pegar ônibus, assistir seis horas de palestras por dia, todos os dias durante duas semanas é simplesmente um saco! Além disso, sempre que tomo os rumos da capital do estado acontecem algumas coisas esquisitas. Ônibus com teto furado durante a chuva, ônibus que quebra, trote telefônico de sequestro, brigas de motoqueiros e por ai vai...
Poderia contar todos os motivos que me faz não gostar de cidades grandes e que passar duas semanas em São Paulo a título de trabalho definitivamente me irritam. As únicas coisas que acho que valeram a pena foi encontrar com dois grandes amigos (Atenágoras e Ludmila) e ter ficado na casa de outro amigo meu (Goiaba). Na verdade era a casa da avó dele e fui muito bem tratado. Dona Ing, sei que você dificilmente vai ver isso mas muito obrigado por tudo! Entretanto, falar sobre o desgosto pela metrópole não é o tema desse post e sim um duelo que travaei durante a escola de verão!
A reflexão começou no banheiro masculino (fato constrangedor!) enquanto escovava meus dentes! O banheiro do auditório Abrahão de Moraes do IFUSP possui duas pias e estavam ambas ocupadas por dente-escovantes na terça-feira do dia 19 de fevereiro de 2008. Um desses indivíduos, porventura, era eu!
O processo de escovação se desenvolvia a sua monótona maneira para ambos até que pensei que aquilo que ali acontecia era uma disputa. Pensei:
"Isso deve ser uma disputa! Uma disputa de forma quase inglesa de disputar as coisas, mas uma disputa!"
Foi então ali travada a maior batalha de banheiro por pessoas que escovavam os dentes da escola de verão!
Começamos a escovação praticamente ao mesmo tempo e, enquanto ele não desse sinal de fraqueza eu não podia desistir. Acredito piamente que esse era um pensamento recíproco em nossa guerra não declarada que ali acontecia. Como cavaleiros bretões, os combatentes se olhavam de maneira fria e com certa carga de despreso!
O duelo começou a ficar muito empolgante e deveras fervoroso quando as técnicas de escovação começaram a se alterar e mergulhamos mais agressivamente dessa forma no embate que por ali acontecia! Meu oponente mudou sua técnica de esfregada clássica para o sobe-desce ligeiro! Respondi imediatamente com o vai-e-vem angulado! Apesar das duas técnicas serem muito fortes, a por mim utilizada era vizivelmente mais agressiva. Dessa forma, meu antagonista não podia deixar barato: voltou para a esfregada clássica como transição para o petardo superior. Essa forte maneira de se escovar os dentes é muito firme e extremamente desmoralizante para o oponente com o agora simples vai-e-vem angulado. Me vi sem saidas! Resolvi então que deveria utilizarme de uma forma secreta, a dolorosa cerdas sangrentas. É meio suicida mas extremamente funcional em horas de desespero. E era como eu estava perdendo aquele desafio: desesperado! Ao notar minha sede de sede de sangue e notar que esse ecorria a cada cuspida de espuma vermelha e branca na pia, uma lágrima escorreu pela face dele! Percebendo aquilo, mudei para a tática que finalizaria o combate: O Circular Ritmado! Percebi que dessa forma, aquele pobre rapaz não teria chance de se reerguer! Ele ainda deu algum sinal de recuperação mas quando viu a circular no dente onze superior ele jogou a toalha, ou melhor, cuspiu e secou a boca com a toalha! A vitória era minha!
Lavei minha boca e saimos do banheiro como se nada tivesse acontecido mas com uma lição que aprendi aquele dia: como é bom o cicular no onze superior!
Até!
Para as pessoas que lêem esse blog e não me conhecem, não sabem que fui para a cidade de São Paulo, a cidade cinzenta, para participar da Escola de Verão Jorge André Swieca de Óptica Quântica e Óptica Não-Linear. Devo dizer também que não gosto de cidades grandes, ainda mais a maior do país e uma das maiores do mundo. Acordar "cedo", pegar ônibus, assistir seis horas de palestras por dia, todos os dias durante duas semanas é simplesmente um saco! Além disso, sempre que tomo os rumos da capital do estado acontecem algumas coisas esquisitas. Ônibus com teto furado durante a chuva, ônibus que quebra, trote telefônico de sequestro, brigas de motoqueiros e por ai vai...
Poderia contar todos os motivos que me faz não gostar de cidades grandes e que passar duas semanas em São Paulo a título de trabalho definitivamente me irritam. As únicas coisas que acho que valeram a pena foi encontrar com dois grandes amigos (Atenágoras e Ludmila) e ter ficado na casa de outro amigo meu (Goiaba). Na verdade era a casa da avó dele e fui muito bem tratado. Dona Ing, sei que você dificilmente vai ver isso mas muito obrigado por tudo! Entretanto, falar sobre o desgosto pela metrópole não é o tema desse post e sim um duelo que travaei durante a escola de verão!
A reflexão começou no banheiro masculino (fato constrangedor!) enquanto escovava meus dentes! O banheiro do auditório Abrahão de Moraes do IFUSP possui duas pias e estavam ambas ocupadas por dente-escovantes na terça-feira do dia 19 de fevereiro de 2008. Um desses indivíduos, porventura, era eu!
O processo de escovação se desenvolvia a sua monótona maneira para ambos até que pensei que aquilo que ali acontecia era uma disputa. Pensei:
"Isso deve ser uma disputa! Uma disputa de forma quase inglesa de disputar as coisas, mas uma disputa!"
Foi então ali travada a maior batalha de banheiro por pessoas que escovavam os dentes da escola de verão!
Começamos a escovação praticamente ao mesmo tempo e, enquanto ele não desse sinal de fraqueza eu não podia desistir. Acredito piamente que esse era um pensamento recíproco em nossa guerra não declarada que ali acontecia. Como cavaleiros bretões, os combatentes se olhavam de maneira fria e com certa carga de despreso!
O duelo começou a ficar muito empolgante e deveras fervoroso quando as técnicas de escovação começaram a se alterar e mergulhamos mais agressivamente dessa forma no embate que por ali acontecia! Meu oponente mudou sua técnica de esfregada clássica para o sobe-desce ligeiro! Respondi imediatamente com o vai-e-vem angulado! Apesar das duas técnicas serem muito fortes, a por mim utilizada era vizivelmente mais agressiva. Dessa forma, meu antagonista não podia deixar barato: voltou para a esfregada clássica como transição para o petardo superior. Essa forte maneira de se escovar os dentes é muito firme e extremamente desmoralizante para o oponente com o agora simples vai-e-vem angulado. Me vi sem saidas! Resolvi então que deveria utilizarme de uma forma secreta, a dolorosa cerdas sangrentas. É meio suicida mas extremamente funcional em horas de desespero. E era como eu estava perdendo aquele desafio: desesperado! Ao notar minha sede de sede de sangue e notar que esse ecorria a cada cuspida de espuma vermelha e branca na pia, uma lágrima escorreu pela face dele! Percebendo aquilo, mudei para a tática que finalizaria o combate: O Circular Ritmado! Percebi que dessa forma, aquele pobre rapaz não teria chance de se reerguer! Ele ainda deu algum sinal de recuperação mas quando viu a circular no dente onze superior ele jogou a toalha, ou melhor, cuspiu e secou a boca com a toalha! A vitória era minha!
Lavei minha boca e saimos do banheiro como se nada tivesse acontecido mas com uma lição que aprendi aquele dia: como é bom o cicular no onze superior!
Até!
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