segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Redundâncias revolucionárias

Como sabemos, a luta pela igualdade entre os seres humanos, seja sincera ou dissimulada, é uma característica marcante de quase todos os movimentos revolucionários, desde a Revolução Francesa até as socialistas. Esses movimentos começaram, como não poderia deixar de ser, na Europa, e daí de alastraram para o restante do mundo.

O problema é que os pensadores europeus que orquestraram essas revoluções cometeram inúmeros erros por simples ignorância. A realidade da Europa não era a mesma que a do restante do mundo, de modo que as revoluções, ao serem transportadas de um lugar a outro, precisaram sofrer inúmeras adaptações em seus objetivos e estratégias. E onde quer que as adaptações tenham sido mal feitas, o resultado tem sido sempre um desastre.

O exemplo mais extremo do que estou dizendo pode ser visto justamente num dos pontos geograficamente mais distantes do berço das revoluções: o Extremo Oriente. Dadas as condições extremamente peculiares ali reinantes, os revolucionários deveriam ter percebido a situação e feito adaptações profundas em suas estratégias. Na verdade muitas foram feitas, mas não foram profundas o suficiente, como pretendo mostrar.

Tomemos como exemplo a China, que é a maior nação daquela região. O que um grupo revolucionário consciencioso, chegando ali, deveria ter percebido a fim de implantar a igualdade? Ora, deveria ter notado que nenhuma revolução era necessária ali. O motivo é notório, e de fato amplamente conhecido aqui no Ocidente: os chineses já são todos iguais.

Se esse fato óbvio tivesse sido percebido a tempo, e os propagandistas da revolução tivessem humildemente retornado aos seus lares, a Revolução Chinesa não teria ocorrido. O que seria ótimo, pois foi um esforço enorme e supérfluo, já que foi dispendido em nome de uma meta já concretizada há milhares de anos.

1 Comments:

Blogger Daniel Nérso said...

Se nós simplesmente tivessemos o poder... a confraria faria um mundo mto mais eficiente!

4:21 PM  

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